Fatalidades

Hoje apanhei um susto de morte. Parada num cruzamento, virei o olhar para a esquerda - depois de ter olhado para a direita sem ver vivalma - e no momento de arrancar, só não atropelei uma mulher que atravessava na passadeira porque, na cidade, conduzo muito devagar.

Reiniciei o trajecto, a amaldiçoar-me pela distracção e a perguntar-me se, para quem o maior pesadelo é o de atropelar uma pessoa, não seria melhor deixar o carro na garagem.

A meio do caminho, e afastada essa hipótese por irrealista, já responsabilizava a mulher. Como era possível que tivesse iniciado a travessia, mesmo que numa passadeira, sem se certificar que eu a estava a ver?

Por fim, perto de casa, passara à fase três: a fatalista. Que o nosso fado era cruzarmo-nos apenas neste entroncamento da vida...para que eu fosse insultada como, obviamente, fui.

Malhas que o meu destino tece.

3 comentários:

io disse...

O teu destino ainda está para te premiar, amiga. Até agora,embora tenhas achado que estavas a viver uma vida de 1ª, só estavas a estagiar. Vais, em breve e quando menos esperares, ter uma vida como só tu mereces! Desculpa, o comentário à Paulo Coelho, mas não me aguentei porque acredito piamente que pessoas bonitas e generosas como tu, mais aqui, mais ali hão-de ter a recompensa. Beijos minha linda querida

antuérpia disse...

Essa do estágio é gira. Passamos metade da vida a estagiar para a outra meia, não é? :)))
Sabes, visto de fora pode não parecer, mas eu tenho muita sorte...na minha vida existe - entre tantas, tantas, outras coisas boas - uma amiga como não há: tu!
Beijo, minha doce amiga.

io disse...

Ah ... mas eu sei que vais encontrar um companheirão! Um tipo giro e compincha como o meu belo Perseu que vai alinhar connosco nas nossas passeatas e com quem vais adorar seroar e quejandos! E o estágio valeu a pena: há um puto louro, esperto e vivo como um alho, que atesta que valeu a pena! oh se valeu! Beijinho minha doce e querida amiga: são pessoas como tu que fazem esta vida apetecer!