O presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social terá respondido um enfadado «não comento disparates», a propósito do facto de o inquérito ao fim do Jornal de 6ª estar parado há dois meses, mais exactamente desde o seu arranque - ao que aqui importa, poderia ser a propósito de outro qualquer inquérito.
Não percebi, como provavelmente a jornalista também não, onde estava o disparate. No facto de o inquérito estar parado desde que foi instaurado? Bom, se foi por isso até podemos estar de acordo (género, se era para não andar, para que estamos a gastar o dinheiro dos contribuintes com a sua instauração?).
Ou o disparate era o de lhe ter sido feita a pergunta? Nesse caso, convenhamos que se imporia um (reverencial e às "arrecuas", de chapéu rodando entre as mãos e acentuando as maiúsculas, claro): - Perguntar não ofende, não? Desculpe lá qualquer coisinha, Senhor Presidente; mas saiba que é coisa da minha profissão, esta de fazer perguntas mesmo que Vossa Excelência excelentíssima as considere disparatadas.
Acabou, o Expresso (a mesma jornalista, presumo) por apurar, por portas travessas, que não pelo senhor presidente, já que este não se dobra às minudências da sindicância da gestão da coisa pública pelos media, que o processo tinha sido encaminhado para um escritório de advogados, sem carácter de urgência, porque os prazos legais para instrução neste tipo de matérias são alargados.
(Sinceramente, podias ter dito, homem!!).
2 comentários:
Realmente, esse senhor presidente é pessoa cheia de siso. E é normal encaminhar estes “processos de prazos alargados” a passo de passeio para escritórios de advogados?
Pois, amigos PV, that´s a point...todavia, questionar esse «outsourcing», e sobretudo em versão caracol, suponho que seja também uma matéria não comentável de tão disparatada.
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