Queremos a Grécia, não cremos na Grécia
É impossível pensar dos gregos algo que seja em absoluto verdade porque poucos de nós convivemos com gregos, namorámos com gregos, temos amigos gregos, tivemos gregos por colegas na escola, visitámos a Grécia ou fomos visitados por gregos. E mesmo quem conheça alguns, poderá generalizar dizendo que conhece os gregos?
O que sabemos é que a antiga Grécia fundou a civilização ocidental de que ainda somos tributários hoje em dia. Bom para nós, bom para os gregos. E sabemos também que a actual Grécia pode destruir a União Europeia tal como a conhecemos. Mau para os gregos, mau para nós, pelo menos no imediato.
Neste momento de perigo para a Europa, nós os europeus, o mundo em geral, o que desejaríamos realmente é que a Grécia mantivesse a sua presença em espírito, mas não nos criasse os engulhos da sua real existência física.
Por outras palavras, actualmente os gregos dão-nos cabo dos nervos sobretudo pela circunstância de, em abstracto, nos envolverem num dilema enorme: sim, queremos os gregos na União Europeia por mil razões e mais uma; e não, não cremos nos gregos por mil razões e mais uma.
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