Portugal em busca da culpa perdida



Um gigantesco "é bem feito" é dito todos os dias pelo Governo ao país. O país retribui em espécie.

Pacheco Pereira. Público. 6 de outubro de 2012.
 
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Em Portugal, nunca nenhum governante deixou de sonhar ser uma espécie de Fontes Pereira de Melo moderno, espalhando auto-estradas ou semeando rotundas, criando dívida directa ou dívida através de PPP, assim contribuindo para que, só em 2007, cerca de 70 por cento do crédito bancário total concedido a empresas e a particulares fossem destinados ao cluster da construção civil e imobiliário. Não surpreende que, com estes comportamentos e distorções, a dívida tenha crescido e a economia estagnado.
 
José Manuel Fernandes. Público. 5 de Outubro 2012.

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As economias no mundo ocidental estão a sofrer uma violenta ruptura com o passado iniciado algures no anos 80. Desde essa altura o crescimento fez-se à custa de crédito, num modelo liderado pelos Estados Unidos. Dizia-se que a China produzia e os Estados Unidos consumiam, a crédito dos chineses. Este foi o modelo que se rompeu com consequências devastadoras para os países mais fracos e endividados.

Helena Garrido. Jornal de Negócios. 2 de outubro de 2012.

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