O último hotel


O meu filhote tem dez anos. Inteligente, mas meio distraído, semi-viciado em futebol e em jogos electrónicos, mas doce como nenhum, revelou este Natal uma nova faceta comovente: atenciosidade.

Descobriu os meus chinelos de quarto velhos e o meu recente regresso a Oscar Wilde e ei-los, chinelos novos e Wilde, no meu sapatinho.

Retribui-lhe com os desejados ténis Puma e uma sempre ansiada bola de futebol...e este livro, «O último Hotel» que ele concedeu ler mais ou menos sob chantagem (lamento, não sou em absoluto politicamente correcta nesta matéria, a minha política é simplesmente «não se gosta do que não se conhece» , com enfado mesmo. Acabou maravilhado.

Tenho pena, pela primeira vez e espero que a última, de não divulgar a existência deste blogue. Este livro merecia melhor sorte, tamanho o seu encanto, na imaginação que emana dos textos do norte americano J. Patrick Lewis e das deliciosas ilustrações do italiano Roberto Innocenti.

A procura da inspiração perdida, leva um escritor a uma estância onde os restantes hóspedes, todos personagens conhecidas de histórias de encantar e não tanto, andam também à procura do que as levou ali.

A recordar-me em próximas oferendas a crianças deliciosas e a divulgar pelos métodos tradicionais aos amigos, é o que posso fazer.

1 comentário:

io disse...

O T. é o puto mais delicioso que eu conheço: muito bem educado, com um elevadíssimo e apuradíssimo sentido de humor: adoro o teu filho. Quanto ao livro não conheço: tens de pedir ao T-T que mo empreste. E o link ... posso fazê-lo? parece-me que o livro o merece e o blogue ... merece-o há meses ...