Uma amiga minha com o casamento a balançar por indiferença e manifesto desamor da parte dele, relatava-me hoje um episódio do início do namoro para concluir: - Como foi possível ser tão estúpida? Como foi possível não ter detectado logo ali o sinal de que tudo daria nisto?
Sorri-lhe. Quantas vezes eu própria não me fiz a mesma pergunta. O real sentido desses sinais é tão indecifrável enquanto estamos apaixonados e pensamos que o outro retribui esse amor, quanto se torna, como que por magia negra, amargamente evidente quando percebemos finalmente que o outro já lá não está e/ou pior que isso, nem nunca esteve.
Trata-se, no fundo, de uma questão oftalmológica.
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