Cansam-me sempre mais as coisas que tenho para fazer do que aquelas que já fiz.
Faz! Não me apetece. Não fizeste, não fizeste, devias ter feito. Faz, faz! Não!
Um preguiçoso, acreditem, tem uma forma peculiar, ainda que inconsciente, de pensar: por muito que se faça, há-de crescer sempre trabalho. Melhor mesmo será, portanto, não substituir o que já está feito por aquilo que estará logo a seguir na fila de espera.
Quando dá por ele, o preguiçoso tem uma infindável lista de coisas não feitas.
Normalmente, opta, então e só então, por fazer tudo de uma assentada. Tudo, quer dizer, tudo o que está atrasado e não necessariamente por qualquer ordem lógica, isto é, de urgência, atraso, interesse ou seja qual for, mas apenas aquela que lhe apetece e de, preferência, a que dê menos trabalho.
Como alguém já disse, os preguiçosos têm sempre vontade de fazer qualquer coisa...mas, digo eu, nunca aquela que devia ser feita.
6 comentários:
Ora, essa é que é essa: a preguiça bem pode ser a mãe de todos os vícios mas é uma mãe que nos dá muito trabalho, lá isso é bem verdade! Bem vinda ao clube!
:)) Proponho para lema do clube: «A preguiça está na razão directa do número de coisas aborrecidas que temos para fazer». A bem de ver, num mundo perfeito, sem «coisas aborrecidas para fazer», nós não seríamos preguiçosas, querida Io.
Mas essa de tu seres preguiçosa, tem graça...
Obrigada pela solidária mentirinha, minha querida. És mesmo minha amiga!
Duas hiperactivas tentando passar por preguiçosas... bonito! Beijos a ambas. ED
Achas que, para além de preguiçosa, ainda sou mentirosa? Queridíssima ED, o número dos meus defeitos avoluma-se consideravelmente.
Farei um próximo post sobre o clube dos mentirosos, então.
Pena que não integres nenhum deles, mas enfim, ninguém é só qualidades ;))
bjss
E o seu corolário: custa mais energia adiar o que se tem de fazer do que fazer imediatamente.
Perguntem-me, que sou especialista.
Há uns tempos a Rita do Boas Intenções leu um livro que lhe explicou porque é que vai adiando. Não é só um problema de preguiça, também tem a ver com perfeccionismo. Enquanto não te sentes capaz de fazer de modo perfeito o que tens de fazer, não começas. Ela referia-se à tese de doutoramento, ou algo do género.
Para reduzir o "tempo de espera", o melhor é aceitar que as coisas não vão sair perfeitas, mas só a 80%.
Ah, amiga Helena, bem hajas por essa tua intenção de me animar. Vou agarrar-me a essa ideia, pode ser que resulte. O problema é que eu sei que se adio certo trabalho é porque o prevejo infindável,aborrecido e exigindo a presença de neurónios sempre estirados ao sol, com um livro no colo, a beber sumos de laranja e a olhar para o mar ;)). bj
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