- Mãe, mãe, mãe...mãeeeeeee?!
À terceira ou quarta(creio) ouvi, mas não me apeteceu responder, na expectativa de mais um minuto para acabar o parágrafo do livro. Tocou-me no ombro.
-A mãe não me estava a ouvir?
Espreguicei-me na cama e sorri, desistindo da leitura do parágrafo da forma suave que algum velho deus do Olimpo ainda tem a suprema caridade de conceder às mães.
- Estava dentro do livro, não me apetecia sair... - piquei.
Por uma fracção de segundo, fixou o livro, surpreso de «aquilo» ter essa capacidade.
Acto contínuo, tira-me das mãos o livro cor-de-laranja e sacode as páginas, na vertical, com força, não fosse lá ter ficado algum bocado de mãe.
Desmanchámo-nos a rir.
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