Do roteiro Londrino «me and my kid», para as interrogações que nos ficaram:
a) O que é que os londrinos fazem aos automóveis? Em cima dos passeios não estavam.
b) Porquê que eles informam tanto - mind the gap, mind the gap, é uma instituição nacional, a par dos autocarros de dois andares e dos táxis, sendo certo, aliás, que os «gap» no metro são cada vez menos e aquele estribilho nunca cessa - e os portugueses não informam nada? (género, Câmaras Municipais de Portugal inteiro: "caiu-no-buraco?-não-tinha-olhos-para-ver-que-estava-lá?", a que dá logo vontade responder com um "vi-mas-queria-conhecer-o-fundo-do-buraco-daquela-estrada").
c) Sempre que pedimos desculpa a um inglês, mesmo que lhe pisemos um calo com toda a força, ele responde invariavelmente com um sorridente «never mind»; em Portugal, se fazemos o mesmo a quem tocámos ao de leve num braço, a melhor reacção que podemos esperar é a de não haver reacção nenhuma. A razão da diferença é fácil de descortinar: alguém se lembra de ouvir uma mãe, pai ou professor portugês a ensinar a uma criança a dizer, «não tem importância", se lhe pedem desculpa? Por favor, sim, obrigado, sim, desculpe, sim...mas, «não tem importância» e o respectivo sorriso de absolvição, não! A questão é portanto, porquê que isso não é ensinado às nossas crianças?
Sem comentários:
Enviar um comentário