Roma: um arquétipo demasiado forte






«(...) Roma é um "arquétipo demasiado forte", como disse Yves Bonnefoy: tudo na cidade, é estímulo à escrita, tudo é recurso aos sentidos, tudo exalta a criatividade. Admirem-se as suas ruínas; mas admirem-se, como dizia Stendhal, "imaginando o que falta e abstraindo do que existe". Percorram-se as suas igrejas; mas não se esqueça que elas nascem de uma pulsão religiosa sem paralelo. Visitem-se os seus museus; mas não deixemos que a pressão da quantidade nos gaste o olhar para aquilo que é essencial, as obras supremas casualmente alinhadas com as dos seus epígonos (...)». A. Mega Ferreira in Roma- Exerícios de Reconhecimento. Sextante Editora

Legenda foto: "O triunfo da Cruz" -Mosaico Absidal (Séc XII) da Igreja de San Clement. Local provável de cultos secretos cristãos no Séc. II.

Sem comentários: