Excertos literários da minha vida (18)


Vitorino Nemésio

"Fechando o Archivo dos Açores, que começara por abrir para não pensar nos seus próprios percalços, em nada que fosse da sua própria vida, Margarida sentia com tristeza que todas as coisas deste mundo, por mais remotas que nos pareçam, acabam por apelar ou responder à nossa própria intimidade, teimosa no fundo de nós mesmos como um fio de água que canta de uma bica de chumbo toda a noite."

«Mau tempo no canal». Vitorino Nemésio. Relógio D'Água.

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