I cannot live without books


Uma semana fora. Por querer e sem querer, não li jornais, não vi noticiários, não fui ao computador passar os olhos sequer pelos títulos dos jornais on line. Como não uso ipads e afins, desliguei da minha relação actualmente mais ou menos doentia com os media.

Ontem à noite, sentei-me aqui, e percebi que estava tudo igual ou pior do que quando parti, mala feita de alheamentos. Dir-se-ia que, tal como após a construção da Torre de Babel, alguém terá dito da Europa: "(...)Vamos: desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro (...)"(Bíblia Sagrada - Livraria Figueirinhas), por não querer que sejamos um só povo e falemos a mesma língua.

Evocações bíblicas em turbilhão, prometi a mim mesma que a menos que acabe por concluir que a leitura de Santo Agostinho do Apocalipse - regresso do demónio e fim do mundo - se situa na Europa de 2012/2013, o que é uma improbabilidade, mais que não seja porque imagino que até satanás esteja a par da nossa residual importância geoestratégica, farei um rentrée de mil leituras apenas. Levei três ou quatro livros, mas acabei por ler sobretudo os comprados numa imprevista feira do livro, exigindo agora os outros a minha atenção.

Parece que Thomas Jefferson, o terceiro Presidente dos Estados Unidos, entre 1801 e 1809 terá dito, "I do not take a single newspaper, nor read one a month, and I feel myself infinitely the happier for it", dizendo ainda (desconheço se a título de conclusão) : "I cannot live without books".

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