1. Acordei há pouco meia engripada e estremunhada no sofá da sala. Olhei para o ecrã da televisão. Lá estava mais uma daquelas enjoativas séries de polícia científica, "Mentes criminosas", confirmei, que lhes confundo os nomes, na vaga ideia de que contam histórias de polícias brilhantíssimos, que deduzem coisas muito para lá de Sherlock Holmes, mas que partilham com ele a astuciosa arte de humilharem a minha inteligência. Prestes a tocar no botão desligante, na direcção da cama...pára! Olhei segunda vez. O que é era aquilo?
Fiz um esforço de ligar o meu próprio botão acordante. Pesquisavam qualquer coisa sobre um povo perdido não sei de que país...em livros. Exactamente, numa pilha de livros com imagens, e não num relógio que tridimensionalmente lhes facultasse num segundo toda a informação necessária. Acendeu-se a minha luz refrescante.
2. Uma vez um psicólogo disse-me que em boa verdade precisamos apenas de dormir quatro horas por dia, que o resto é só necessário para descansar o corpo. O que importava seria saber exactamente quais elas fossem. 20 anos depois descobri que nasci para ermita. Ninguém tem amigos, nem família ou vida social de jeito se as suas quatro horas de sono começarem às 21 horas e terminarem à uma da manhã.
3. Distraída, desligava o computador no emprego, quando cai a notícia no meu quase arqueológico igoogle (a Google ameaça furiosamente retirá-lo de cena algures no final de 2013). Plim! Vítor Gaspar falará amanhã. Momento "Gasparzinho brincando de cowboy", imagina-se. Brinco: se Samaras disse hoje que ser primeiro ministro da Grécia é o cargo mais difícil que alguém pode exercer hoje em dia, o segundo lugar deste ranking vai certamente amanhã para o Ministro das finanças português (tudo isto porque mantemos da Europa a noção aristotélica do lugar que a terra ocupava no universo, bem entendido).
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