"Lembrei-me que quando era miúdo, quando ia para a escola, caminhava pelo passeio obrigando-me a não pôr o pé no sítio onde as lages se uniam. Se conseguisse totalmente corria-me bem uma chamada, ou escrevia uma boa redacção. Mais tarde vi outros miúdos fazerem o mesmo noutras partes do mundo. Talvez exista em cada homem a necessidade instintiva e primordial de, uma vez por outra, se impor limites, fazer apostas com as dificuldades, para depois sentir que «mereceu» algo que desejara."
"Disse-me um adivinho". Tiziano Terzani. Tinta da China. Tradução de Margarida Periquito.
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