Vandalizaram-me o automóvel.
Preferia que não o tivessem feito. Mas, nada de novo, que quem anda à chuva molha-se.
Estragar para roubar, para possuir o que se não tem, o que se deseja ou precisa, nem que seja para vender e obter o que se queria desde logo, enfim, posso fingir que percebo, e até perceber mesmo se, nesse dia, estiver complacentemente sentada no espírito de coitadinhos-daqueles-desgraçados-que-não-sabem-melhor. Costela de Madre Teresa de Calcutá oblige.
Agora o estragar por estragar, apenas porque sim (deixaram-me tudo desde um casaco a cds, tudo!)...eis o que me parece um cérebro que deveria ser doado à ciência.
5 comentários:
Será que tiveram de fugir repentinamente?
"um cérebro que devia ser doado à ciência", hehehehe - vá lá que não te roubaram o sentido de humor!
***
Uma vez tive um pintor a trabalhar na minha casa que ia roubando coisas que não faziam sentido nenhum. E outras que, infelizmente, faziam muito sentido.
Na altura falaram-me num ódio cego, um profundo ressentimento que os leva a fazer mal aos outros.
O que dizes, quer antes das ***, quer depois, faz sentido Helena. Ao contrário do amor, o ódio é um fogo que arde e deixa marcas. E se fosse só aos outros...
Quando resolvem agir directamente dessa maneira é horrível. Uma vez assaltaram-me a casa e eu, dormindo, nem dei por nada. Mas não me destruíram os haveres, que é o que mais temo. Entraram pela janela e parece terem ido directinhos à carteira. Depois voltaram a sair e pronto. Ah, a fachada estava em obras e subiram pelos andaimes.
Ou seja, Antuérpia: nunca estaciones o carro ao pé de andaimes!
;-)
Paulo - essa tua mania de usares carteiras que se vêem no escuro enquanto há obras de conservação no prédio, é no que dá ;)) - ps em jeito sério, ainda assim, tiveste sorte, Paulo.
Helena - sonora gargalhada.
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